Nota sobre processo de votação do patrocínio da Havan ao Flamengo
O FdG avalia que a votação do patrocínio da Havan ao Flamengo foi marcada por irregularidades que violam o Estatuto do clube e o regimento do Conselho Deliberativo. Na mais grave delas, em nota emitida na tarde do sábado, o Conselho Diretor demonstrou ter conhecimento em tempo real do resultado parcial de uma votação no Code, o que afronta a independência do órgão. Além disso, conselheiros do FdG não foram atendidos no pedido de terem direito de dirigir a palavra aos demais membros para expor preocupações sobre o contrato avaliado.
Gostaríamos ainda de registrar nossa perplexidade com o fato de, no momento em que o Flamengo faz pesado lobby para a liberação de público na final do Campeonato Carioca, o presidente do Code alegar preocupações sanitárias para justificar a votação não presencial sem a possibilidade de debate real sobre o polêmico patrocínio.
Apesar de entender que essas irregularidades solapam a idoneidade do processo decisório, os conselheiros do FdG fizeram questão de registrar seus votos pela REJEIÇÃO do contrato, por entender que a ligação do clube com uma empresa controlada por Luciano Hang, alvo de uma série de processos, tema de debate na CPI da Covid e risco apontado até mesmo no prospecto de uma possível abertura de capital da Havan, acarreta danos imediatos e potenciais à imagem do Flamengo — para os quais não há suficiente proteção nos termos do contrato.